domingo, 22 de dezembro de 2013

A harmonia natalina - uma breve reflexão sobre o sentido do natal.


Todo fim de ano, com as comemorações natalinas, vêem as mensagens de amor e paz, e o desejo de que todos os homens possam viver em 'harmonia'. Porém, em tempo de crescente intolerância entre as diferenças de raça, credo, sexualidade etc, as mensagens natalinas de respeito, amor e esperança estão cada vez mais distantes da realidade. Será mesmo possível vivermos em 'harmonia'?


Para pensar sobre isso, vamos voltar um pouco no conceito da palavra 'harmonia'.


Como músico, ao falar de harmonia, já logo penso no sentido musical da palavra, sobre a construção de acordes e a relação entre eles. Mas muito embora a palavra 'harmoníai' comece a ser usada em termos musicais por volta do século IV a.C. (com um significado bem diferente do uso moderno), a origem do termo nasce na carpintaria e na maçonaria (como arte de construir coisas).


Dentro da carpintaria, o termo 'harmoníai' se refere às peças utilizadas para juntar outras, comumente utilizadas nas "quinas", como as dobradiças ou cantoneiras de ferro. A utilização desse termo com esse contexto pode ser observada entre os o séc VIII e VI a.C. nas obras de Homero e Heródoto.

Apenas como ilustração, veja o trecho abaixo da Odisséia, onde Odisseu, como homem experiente em construções (eu eîdòs tektosynáon), reúne as tábuas de madeira (hérmosen) usando pregos e outras harmoníai:


"A todos ele furou, ajustou-as umas às outrase, com cavilhas e ligaduras (άρμονίησιν), martelou-as.Qual homem, experiente construtor,arredonda o  fundo de um vasto cargueiro,de tal largura fez Odisseu a barca".

Utilizando-se desse sentido de "ligação", "amarra", "junta", por vezes a palavra 'harmoníai' é utilizada de modo figurativo para representar um pacto ou um acordo, como no exemplo abaixo das Ilíadas:
"Pois [eles] serão os melhores testemunhos e guardas de nossos laços (άρμονίάων)".

É interessante olharmos que até mesmo a palavra carruagem, άρμα - harma (Strong - G716), parece ter origem na palavra 'harmoníai', se referindo ao eixo de ligação entre as duas rodas.

Ainda seguindo o sentido de "ligação", a palavra Harmonia (agora como nome próprio) também aparece na mitologia com a deusa de mesmo nome. Embora a mitologia grega não seja muito precisa, e por vezes Harmonia seja confundida com a própria Afrodite (deusa do amor), de acordo com a Teogonia de Hesíodo, filha de Afrodite com Ares (deus da guerra), Harmonia incorpora o princípio de "união", em oposição a seus irmãos, Phóbos e Deîmos, que representam desordem e separação (ou pânico). É vinculado à Harmonia (também chamada de Philía, a artesã das coisas vivas e suas partes) a ligação dos quatro elementos (terra, fogo, água e ar) que unidos geram a vida dos mortais.


Com o caminhar do tempo, os escritores e pensadores começam a questionar as histórias da mitologia, mas não negaram que existe algo de divino que dá sentido à ordem do mundo, uma 'harmoníai' capaz de ligar todas as coisas. Podemos ver isso na citação de Agamêmnon de Ésquilo, quando faz a enigmática evocação:

"Zeus, quem quer que seja, se assim agrada-lhe ser chamado, assim evoco-o".
Em Heráclito:
"Uma coisa, a única verdadeiramente sábia, consente e não consente ser chamado pelo nome Zeus".

Ou mesmo séculos mais tarde, quando Paulo de Tarso, principal responsável pela propagação do cristianismo, pregando em Atenas se depara com um altar ao "Deus Desconhecido", revelando que os gregos não conseguiam explicar por sua mitologia tudo o que observavam no mundo:
"pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio." Atos 17:23
Voltando ao contexto da palavra 'harmoníai', o filósofo Heráclito parece ter sido o primeiro a separar o conceito da deusa Harmonia de sua personificação como divindade. Em seu pensamento, Heráclito separa a harmonia em dois tipos: a aparente e a não-aparente (fragmento 54 D.-K.). Essa última, mais forte que a primeira, é associada à "harmonia reciprocamente tensa" do fragmento 51 D.-K.:

"harmonía reciprocamente tensa, como a do arco e da lira".
Paula Corrêa (pág. 27), cita o trabalho de Kirk (1954: 223-24) parar explicar o conceito da harmonia reciprocamente tensa como "conexões não aparentes que, envolvendo tensão, subjazem os contrários unindo todas as coisas". Ainda segundo o texto de Paula, em relação ao fragmento 51 D.-K., a harmonia não-aparente do texto "seria o meio de ligação comum ao arco e à lira, que é palíntonos (agem em ambas as direções sob forças opostas), assim ela reúne os contrários que são unidos".

Nesse ponto eu gostaria de sair da análise semântica da palavra para começar a aplicação do seu conceito e responder à pergunta inicial do texto. Para isso, peço licença para expressar a minha cosmovisão para responder sobre o assunto.


O fato é que nossa tendência natural como humanos, que é egoísta por natureza, é chocar-se em tensão. Na "fogueira das vaidades" das opiniões e pensamentos que temos, tentamos sobrepor o nosso querer sobre os outros contrários a nós, prevalecendo assim o que tiver mais força. Citando a Teogonia, os princípios que regem nossa humanidade está mais para Phóbos e Deîmos (e seus daímons), do que para a Harmonia.


Apesar de toda a razão, toda a filosofia, toda a ciência e todo o desenvolvimento que experimentamos na história da humanidade, o homem não foi capaz de encontrar essa harmonia  por si só, e continuamos trilhando o caminho do ódio e da separação.

No entanto, gostaria de utilizar a interpretação de Krans (1959) sobre a harmonia de Heráclito para dar uma boa notícia a respeito dessa tensão. Krans interpreta a harmonia não aparente, capaz de subjazer os contrários, como Logos, termo corrente entre os gregos que se refere ao princípio criador e mantenedor do universo em ordem e beleza. O termo e o conceito de logos, traduzido como verbo, é utilizado em um texto bíblico muito famoso, que se encontra no capítulo 1 do evangelho do apóstolo João:


"No princípio era aquele que é a Palavra (Logos). Ele estava com Deus, e era Deus.Ela estava com Deus no princípio.Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens." João 1:1-4
João, que escreve seu evangelho para os gentios (gregos), ao citar que Jesus era o logos (como se pode ler no decorrer do evangelho), deixa claro para o leitor que a harmonia não aparente de Heráclito, a força capaz de vencer os domínios de Phóbos e Deîmos, e de sobrepor aos contrários afim de tornar o que era desarmonioso em algo novo e belo (como a nota musical produzida pela tensão entre o arco e a corda), o princípio divino de união encarnou como homem, e de uma vez por todas reconciliou-os consigo.

Cristo é a única harmonia capaz de transpor a barreira dos contrários do pecado e religar o homem com Deus, e consequentemente, entre si. Gosto muito da carta que o Apóstolo Paulo envia aos Colossenses, onde ele reafirma Cristo como o Logos (harmonia) do mundo:
"Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude,e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz." Colossenses 1:16-20

Essa é a "boa nova" (ou evangelho) anunciado no Natal. O natal, ou nascimento, se refere à vinda do filho de Deus ao mundo:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele." João 3:16-17
Deus estabeleceu a paz, a harmonia entre os homens através do sangue de seu filho unigênito derramando na cruz do calvário, e essa harmonia, essa "paz que excede todo o entendimento" está apenas a uma oração distância.
"Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo." Romanos 10:9
Com isso, gostaria de me dirigir a você que leu esse texto, independente de viver em um contexto cristão ou não, e gostaria de convidá-lo a aproveitar as comemorações do fim de ano, em que comumente utilizamos para estar com os amigos e família, para parar, ainda que por alguns minutos, e refletisse sobre você e sua vida. Essa paz, essa harmonia proposta pelo cristianismo não é apenas uma reflexão teórica, ou dogma religioso, ele é real e ocorre de modo prático na vida dos que creem.  Cristianismo não é uma mera religião formal, mas um caminho de vida. 

Se você quiser experimentar isso, de fato, eu me coloco à disposição para que possamos caminhar juntos aprendendo sobre aquele que é a luz para guiar os nossos passos.

Esse é meu desejo para você nesse fim de ano, para o ano de 2014, e para o resto de nossas vidas.

Deus abençoe a cada um.

Um feliz natal, e um ano novo.

No amor do Mestre,

Renan Alencar de Carvalho


Bibliografia:

Harmonia: Mito e Música na Grécia Antiga - Corrêa, Paula - Ed. Humanitas: 2008.
Heraclitus: The Cosmic Fragments - Kirk, G. S. - Cambridge: 1954.
Die Fragmente der Vorsocratiker - Diels, H.; Kranz W. - Berlin: 1959.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Teologia da Adoração

Olá a todos,

Como tinha postado no começo do ano no texto "Perspectivas para 2013", a expectativa era escrever ao longo de 2013 uma série textos formando um "mini-curso" sobre louvor e adoração (ainda que superficialmente), abordando os diversos assuntos que se relacionam com esse tema de forma estruturada, e indicando materiais de estudo (livros, cursos, vídeos etc) para quem quiser se aprofundar em cada tema.

Porém, para escrever um material consistente e com bases sólidas, durante esse ano busquei me preparar de forma mais profunda para essa empreitada (processo que ainda está em andamento). Embora quase não tenha conseguido escrever no blog, posso dizer que esse ano foi bem produtivo, e pude crescer bastante.

A expectativa de escrever esse mini-curso continua sendo a mesma porém, ao longo do ano, fui me deparando com diversos materiais de excelente qualidade já prontos e disponíveis na web. Um desses materiais foi o curso de "Teologia da Adoração" que foi dado na Igreja Batista da Borda do Campo (São Bernado do Campo/SP) pelo professor esp. Átila da Silva (Gallego Parra Calicchio).

O curso está disponível integralmente no site da igreja (http://borda.org.br/), e conta com as gravações do áudio das aulas, apresentações e apostilas de apoio. O material é extremamente profundo, visitando os textos originais em grego/hebraico/aramaico, trazendo à luz da palavra (dentro do seu contexto) diversas verdades bíblicas que comumente não são colocadas em prática pelas pessoas envolvidas com as áreas de louvor e adoração, e as equipes de cânticos das igrejas locais.

Com toda certeza é um material muito mais valioso e completo do que eu conseguiria produzir, e gostaria de convidá-lo a mergulhar de cabeça nele. Esse é um daqueles tipos de cursos que você deve deixar guardado pelo resto da vida (e do seu ministério), revisitando e refletindo sempre nele.

Para facilitar, deixei o link separado de cada aula do curso:

- Aula 01 (18/08/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-1/

- Aula 02 (25/08/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-2/

- Aula 03 (08/09/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-3/

- Aula 04 (15/09/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-4/

- Aula 05 (22/09/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-5/

- Aula 06 (29/09/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-6/

- Aula 07 (13/10/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-7/

- Aula 08 (20/10/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-8/

- Aula 09 (27/10/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-9/

- Aula 10 (10/11/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-10/

- Aula 11 (17/11/2013)
http://borda.org.br/teologia-da-adoracao-11-2/


Desse modo a maioria dos itens propostos no tema "Adoração Bíblica" (no texto mencionado do início de 2013) ficam apresentadas ao longo desse curso. Ao longo de 2014 espero continuar estudando, e dessa vez, escrevendo mais.

Abraços a todos,

Renan Alencar de Carvalho

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Análise - "Constelação, Malabarista e Globo de Neve" e "De Vento em Popa"

Para quem está mais próximo de mim, sabe que no momento estou fazendo um curso de 2 anos para formação de "ministros" de louvor no Instituto Adoração & Adoradores. Como trabalho da matéria de "História da Música Cristã Contemporânea Brasileira", escrevi o texto abaixo fazendo uma conexão entre os textos "Constelação, Malabarista e Globo de Neve" de Marcos Almeida (Palavra Antiga) e o texto "De Vento em Popa" de Gladir Cabral.


"Parte do que nos faz à imagem e semelhança de Deus é a capacidade criativa que nos foi dada. E assim foi feito porque Deus deu a toda humanidade a incumbência de produzir cultura, em todos os seus aspectos. Mas desde o Gênesis, após a queda, parece haver certo distanciamento no diálogo entre a cultura produzida pelos que não temem a Deus (que comumente referenciamos como "o mundo") com os que o adoram. A música, por exemplo, aparece pela primeira vez com Jubal, da linhagem (caída) de Caim, logo no começo da narrativa de Gênesis. No entanto as primeiras referências de seu uso no contexto de expressão de relacionamento com Deus se dá somente muito tempo depois.

Nos nossos dias não tem sido diferente. No contexto geral, vivemos à margem da cultura de nosso país, no nosso gueto "gospel", com nossas próprias músicas, linguagens, costumes, pensamentos e "trejeitos". E como toda cultura de gueto, quando só olhamos para nós mesmos, sem um contraponto para julgamento, não crescemos. 

Sejamos sinceros, nossa subcultura tem sido um tanto quanto medíocre. No geral, temos sido alienados às questões político-sociais, oferecemos poucas respostas aos problemas existenciais da vida além de velhos jargões "crentes", pouco conversamos com a ciência e a nossa arte tem tido muito pouco para oferecer em termos estéticos e de conteúdo.  Como Frank Shaeffer cita em seu livro "Viciados em Mediocridade" em relação à visão do grande público sabre arte cristã audiovisual de hoje:
"Sempre que os cristãos (...) tentaram alcançar o mundo através da mídia - TV, filmes, propaganda etc - o público que pensa tem a ideia de que, assim como a sopa de um restaurante ruim, o cérebro dos cristãos ficaria melhor se não fosse mexido."
O pior nesse cenário é que além de não acrescentarmos muito na forma e na beleza, não oferecemos nada muito diferente do que "o mundo" oferece em seu conteúdo. Desde que o homem se tornou o centro e o fim (homocentrismo), vivemos em um gradual processo de "desencantamento e perda de sentido" do mundo (como coloca Weber, pai da sociologia). À exemplo de Narciso, na mitologia grega, a partir do momento que passamos a contemplar a nossa própria face, começamos a definhar até a morte. 

Como previsto por Pascal, a saída que "o mundo" criou para essa crise existencial foi o salto (irracional) para o prazer e o entretenimento, como forma de anestesiar os efeitos desse desencantamento. A sociedade do hiperconsumo, a ênfase de felicidade no hedonismo, a cultura da sensação etc. Infelizmente, ao invés de apontar uma forma diferente de "superar" essa crise, nossa subcultura "gospel" tem sido apenas uma forma diferente de salto. 

Devido à nossa aparente incapacidade de conectar a nossa vida diária com a nossa vida eclesiástica ("família estendida" e "família nuclear", respectivamente, na linguagem adotada por Marcos Almeida em seu texto "Constelação, Malabarista e Globo de Neve"), vivemos no mesmo universo de percepção do não cristão, nos domingos damos nosso salto irracional para um momento centrado em nossa busca de nós mesmos para nos sentirmos bem, fugindo da realidade, e na segunda voltamos ao nosso universo desconectado de sentido.

Marcos colocou de forma muito inteligente essa tensão irracional presente na música gospel ao colocar que o gospel é "um jovem malabarista mantendo no ar algumas bolinhas de pesos diferentes, uma delas é a religião, outra o entretenimento". Ainda segundo Marcos, o movimento seguinte, o de louvor e adoração, tentou extinguir a figura do entretenimento, mas "fora do ambiente de adoração não faz tanto sentido, ele é música experiência". A meu ver, o movimento de louvor e adoração dos anos 2000 (principalmente o "extravagante") também não respondeu a esse salto entre "família nuclear" e "família estendida", ao contrário mergulhou de cabeça nele.

A tentativa de Marcos, e de outros dessa nova geração que ele chama de "música brasileira de raiz cristã", de não fazer o salto da vida cotidiana, mas redimi-la, interagindo com a cultura em que vivemos e resgatando-a para a visão de mundo transformadora do evangelho, na verdade, não é nova. Na década de 70, artistas cristãos buscavam o mesmo objetivo, interagindo com a cultura brasileira.

Dessa geração musical, o trabalho que melhor consolida essa essência de diálogo com a cultura brasileira foi o disco "De Vento em Popa", do grupo "Vencedores por Cristo" (1977). Conforme Gladir Cabral escreve em seu texto de mesmo nome do disco, alguns fatores contribuíram para fazer que esse LP se tornasse um marco antológico na história da música cristã contemporânea brasileira. O primeiro foi o diálogo estético com a cultura brasileira. Embora a incorporação dos ritmos da música popular brasileira daquele tempo e contexto não tenha sido algo completamente inédito, ainda era uma quebra dos padrões da "família nuclear" daquela época, ainda mais pelos arranjos musicais. O segundo ponto de destaque foi a linguagem e construção de pensamento utilizados, contextualizados com a linguagem de sua época. 

Esses elementos, aliados aos temas das letras do disco, deram um forte apelo evangelístico ao disco, não como a de alguns pregadores de praça pública, que tentam impor uma mensagem em uma linguagem estranha às pessoas (e ainda acham ruim quando poucas pessoas param ouvi-los),  mas sim como alguém do mesmo contexto que chama para uma conversa pessoal e sincera.

Com o advento dos movimentos do gospel e do louvor e adoração, esse lampejo lançado por VPC e seus contemporâneos foi atropelado pelo mercado em massa dos novos movimentos (em especial, o gospel), mas não perdida. Seguindo pelo underground independente, muitos nomes seguiram por esse caminho, e vem ganhando força e somando pessoas nesses últimos anos. Apenas como ilustração, podemos falar de nomes como o próprio Gladir Cabral, Carlinhas Veiga, Silvestre Kuhlmann, Arlindo Lima, Tiago Vianna, Roberto Diamanso entre muitos outros, além dos diversos eventos e saraus que vem ocorrendo pelo Brasil, como o "Som do Céu", "Nossa Música Brasileira", "Sarau da Comuna" etc.

A retomada desse caminho pela nova geração de nomes como o "Palavra Antiga", "Crombie", a capixaba "Aline Pignaton", entre outros dessa "constelação", lança um novo horizonte para a música e para a cultura, "cristã" brasileira. Seguindo "a escola de Rembrandt", que possamos olhar para o mundo e nossa cultura, para o cotidiano da vida, e resgatá-los, mostrar que existe ligação entre a família nuclear e a família estendida, que o Deus do evangelho se revela no ordinário do cotidiano, sem a necessidade de saltarmos entre as duas percepções de realidades. Que possamos realizar o mandado cultural de Gênesis, debaixo do plano original de Deus, que é se relacionando com ele."



Referências

 - "Constelação, Malabarista e Globo de Neve" - Almeida, Marcos - Blog Nossa Brasilidade http://nossabrasilidade.com.br/constelacao-malabarista-e-globo-de-neve/

 - "De Vento em Popa" - Cabral, Gladir - Portal Cristianismo Criativo http://www.cristianismocriativo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=540

 - "Viciados em Mediocridade" - Shaeffer, Frank  - Editora W4

 - Diversão e Tédio - Pascal, Blaise - Editora WMF Martins Fontes

 - "A Música Cristã no Mundo Desencantado" - Carvalho, Guilherme - "Nossa Música Brasileira" - 2011

 - "Por que valorizar o músico cristão de qualidade? O artista cristão e a espiritualidade contemporânea" - Carvalho, Guilherme

Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=bL6lal02-rE
Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=Snu_JLYiiLM


Espero que gostem.

No amor do mestre,

Renan Alencar de Carvalho

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Adoração, um ato de relacionamento com Deus

Hoje muito se fala sobre adoração, sobre ser adorador, sobre levitas, sobre consagração, sobre música que podemos ou não tocar e cantar ou mesmo ouvir como cristãos.... e a verdade é que no meio dessa confusão de pensamentos, poucos procuram saber o que a bíblia realmente fala sobre o que é adoração e como ela deve ser

Antes de pensarmos em "adorar à Deus", precisamos entender o que é adoração e o que isso significa de modo prático na nossa vida, especialmente nos nossos dias, onde a visão teológica das músicas e grupos musicais está se tornando cada vez mais homocêntrica.

Na introdução da apostila de Teologia da Adoração, do Seminário Batista do Litoral Paulista, o professor Átila da Silva nos chama a atenção para esse questionamento e entendimento sobre nossa adoração:

"O que poderia desviar a atenção do Senhor Deus Todo Poderoso das miríades de anjos a prestar-LHE adoração e louvor continuamente? O que poderia 'competir' com a perfeição e pureza dessa adoração diante da presença do Criador de tudo no tempo e fora do tempo? Será que o período programático de culto que chamamos de 'louvor' teria essa capacidade? Será que o simples desejo de ver, tocar, falar... que todos os crentes somados cantam poderia retirar o Senhor de todos os muitos afazeres nessa Sua dimenção particular de pureza, completude e total ausência de pecado, tanto em estado como na prática, para fazê-LO vir até nós no período de cânticos?" (pág. 2)

De fato, a palavra de Deus diz que Ele procura por aqueles que adoram em espírito e em verdade (Jo 4:23-24), e Ele se agrada disso. Partindo desse texto, podemos fazer algumas considerações sobre o que é e o que não é uma adoração verdadeira, e quebrar alguns entendimentos equivocados sobre a adoração:

  • A adoração verdadeira não depende de atos exteriores para acontecer. Conforme o que o Dr. Russel Shedd coloca no seu livro "Adoração Bíblica", no texto acima, o termo "em espirito", no grego pneumati (pneuma - πνεῦμα), está no dativo instrumental, ou seja, a adoração é feita pelo espírito (por meio de, através de), e em verdade (alētheia - ἀλήθεια), ou verdadeiramente. Não existe qualquer menção à forma, mas sim ao que está no interior do adorardor. Portanto, não importa qual a música, o estilo, se é uma expressão avivada ou tradicional... o que importa é que o coração e a mente do adorador estejam entregues de forma sincera à sua adoração.
  • A adoração verdadeira não depende de um lugar para acontecer. Em Jo 4:21, Jesus deixa claro que não existe um lugar certo para adorar. Contextualizando para os dias de hoje, não importa se estamos no templo de nossa igreja local, ou varrendo nossa casa, todos os lugares são igualmente "santos" e igualmente adequados
  • A adoração verdadeira não é um ato de religiosidade. O texto de Mc 7:6-7, remetendo à Is 29:13, nos deixa claro que Deus não está interessado no ativismo religioso. Os fariseus cumpriam rigorosamente uma tradição, mas seu coração não estava naquilo que eles faziam, não tinham amor verdadeiro. Não importa se frequentamos todos os cultos ou não, se estamos envolvidos em algum ministério ou não, ou se ocupamos algum cargo eclesiástico ou não. Não é nosso ativismo religioso que agrada à Deus, mas sim um coração contrito e sincero, conforme uma das declarações mais lúcidas do Velho Testamento, feita por Davi no Sl 51:16-17.
O ponto principal é que para prestarmos uma adoração verdadeira é que adoração não está ligado apenas ao que acontece em nosso momento de culto. Adoração não está ligado às músicas que tocamos e cantamos, ao contrário do que muitos pensam, a música é um serviço que prestamos para a igreja, e não para Deus diretamente (falaremos disso mais para frente). Adoração não está ligado ao que "sentimos", ou às manifestações sobrenaturais do Espírito Santo (não que ambas as coisas não possam  acontecer, mas não é isso que mede e muito menos determina nossa adoração).

Adoração é pura e simplesmente o ato de nos relacionarmos, intimamente, com Ele. Deus é relacionamento, e  o seu maior desejo ao criar o homem foi compartilhar esse relacionamento conosco. Adoramos a Deus quando respondemos a Ele, conscientes de quem Ele é, o que Ele fez e de quem nós somos, e respondemos a Ele, de coração grato, sincero e humilde.

Nos próximos posts sobre Teologia da Adoração, pretendendo desenvolver essa ideia seguindo de forma cronológica como foi a revelação divina ao homem de como Deus quer que desenvolvamos esse relacionamento com Ele, baseado no material desenvolvido pelo Esp. Átila da Silva e pelo livro de "Adoração Bíblica", desenvolvido pelo Dr. Russel Shedd.

Espero que esse material abençoe sua vida e seu ministério.


Na graça e na paz de Cristo,

Renan Alencar de Carvalho

domingo, 8 de setembro de 2013

Sarau "Feito em Casa" 2ª Edição - "Celebrando à vida" - 15/06/2013

A base

No documentário do filósofo inglês Roger Scruton "Why Beauty Matters?" (Por que a beleza importa?), o autor nos chama a atenção para o fato de que o homem tem uma inclinação natural de preferência pelo belo, por ser uma "necessidade universal do ser humano". A negação disso nos causa um deserto espiritual, isso porque fazemos uma correlação entre beleza e o senso de "estar em casa", de retorno ao lar.
Partindo de uma cosmovisão cristã, aprofundamos ainda mais esse conceito, pois nosso lar não é nesse mundo e buscando a beleza, estamos buscando, indiretamente, aquele que é a fonte e o padrão de toda beleza, que é Deus. Mais do que apreciação estética, a "Arte" tem um sentido espiritual.

Pensando nessa proposta, um dos objetivos do sarau "Feito em Casa" é retomar essa busca pela beleza como uma virtude, assim como a bondade e a verdade embutidos nela, junto com a experiência de coletividade e amizade, de estar em casa com outros amigos celebrando à  vida juntos. "Feito em Casa" é mais do que um momento de apreciação artística, mas uma tentativa de instanciar a experiência de retorno à nossa "verdadeira casa".

Outra base do Sarau feito em casa é a ideia de que só se muda uma cultura, produzindo cultura.Como o título do livro de Frank Sheaffer bem sugere, vivemos em uma cultura 'viciada em mediocridade', da industrialização da arte e do pensamento, da plastificação da beleza e da exaltação da falta de valores e ideais. Nesse sentido, o sarau "Feito em casa" busca ser um movimento de "resistência" e de "protesto" pela produção de conteúdo artístico relevante, pela arte independente, e pela produção de conteúdo pautada em valores e ideais.


Indicação de biografia para aprofundar os conceitos do sarau "Feito em Casa":

- "A Arte Não Precisa de Justificativa" - Hans Rookmaaker (ed. Ultimato).
- "A Arte e A Bíblia" - Francis Shaeffer (ed. Ultimato).
- "Cristianismo Criativo" - Steve Turner (ed. W4).
- "O Cristão na Cultura Emergente" - Cd de Palestras do L'abri Brasil
- "Arte e Fé Cristã" - Cd de Palestras do L'abri Brasil

O tema: "Celebrando à vida"

Existem algumas datas que estabelecem alguns marcos na nossa vida, e que nos levam à reflexão por diferentes perspectivas sobre o que é a vida, qual o seu sentido, o que nós estamos fazendo com ela e o que nós vamos fazer. A data e o tema desse segundo sarau "Feito em Casa" não foram por acaso... no fim de semana do sarau, estava completando 30 anos de idade, encerrando a juventude dos “vinte e poucos anos”. Inevitavelmente, tive algumas reflexões sobre a minha vida, e a que mais tem ocupado os meus pensamentos nesses dias é a respeito da felicidade, e qual o caminho para ser feliz. Gostaria de registrar, mesmo que de forma superficial, algumas das respostas que encontrei nos seminários sobre “Felicidade e Espiritualidade” do L'abri Brasil.
                                                             
Talvez um dos temas que estão mais em pauta em nossos dias, a “felicidade” parece ser uma obrigação  afinal, quem nunca ouviu a expressão "O que importa é ser feliz"? Mas será que estamos buscando isso da maneira certa? Será que vale qualquer coisa para ser feliz? E se hoje existem tantos caminhos apontando à felicidade, porque é que a depressão é uma das doenças que mais atingem a população mundial?

Bom, primeiramente, temos que entender qual é a proposta de felicidade que nos é apresentado hoje. Em termos de caminhos filosóficos de felicidade, o que é amplamente divulgado na nossa sociedade de hiper consumo é o hedonismo. O nascimento do hedonismo é atribuído ao filósofo atomista e materialista grego Demócrito, mas é em Epicuro que o pensamento hedonista ganha maior projeção, com os famosos jardins de Epicuro.

A proposta do hedonismo é basicamente que felicidade é a satisfação dos seus desejos e prazeres. Epicuro dizia que existem diferentes níveis de prazeres e que devemos buscar os prazeres mais elevados, como a contemplação estética e a amizade e os prazeres imediatos e destrutivos devem ser evitados. Quando o hedonismo é assimilado pela cultura romana, esse sentido de busca pelos prazeres elevados se perde e ganha o sentido de que o que importa é me satisfazer, aqui e agora. O glutonismo, a bebedeira, os bacanais e orgias etc.

Seja em maior ou menor grau, o pensamento de que a felicidade vem da repetição experiência satisfação de desejos e prazeres acompanha a nossa história até os dias de hoje. Vivemos hoje uma cultura devotada às sensações e experiências de prazer, toda propaganda vende a ideia de que seremos felizes se comprarmos determinado produto e satisfazer nosso desejo. Não é por acaso que a cultura das drogas, baladas e bebidas são tão fortes na nossa sociedade e a indústria do entretenimento, da pornografia e sexo são tão rentáveis.

Mas a experiência do hedonismo tem um problema grave, registrado diversas vezes ao longo da história. Conforme C.S. Lewis registra em sua auto-biografia, "Surprised by Joy: The Shape of My Early Life", não se pode focar na fonte e no efeito do prazer e alegria ao mesmo tempo. A experiência de prazer é momentânea e após a experiência o vazio da ausência de felicidade se torna ainda maior... e para piorar, cada nova experiência parece produzir menos prazer do que a anterior, levando uma busca auto-destrutiva que tem como resultado final a completa falta de prazer e felicidade. Uma obra clássica que retrata muito bem isso é o livro "O Retrato de Dorian Gray", onde o protagonista, em sua busca por prazer, se torna farto da vida. No filme de mesmo nome, em uma conversa com a filha de seu amigo, Dorian deixa bem claro que prazer não resulta em felicidade.

Com isso, chagamos no ponto que se refere ao título do sarau, que é a resposta cristã ao hedonismo: a gratidão. Quando buscamos a experiência do efeito por si só, nos perdemos do objetivo primeiro que é a felicidade, mas quando buscamos nos relacionar com a fonte da felicidade, e isso se dá sendo grato a Ele pelo o que Ele tem nos dado, experimentamos a experiência de prazer sabendo que ela é finita, é uma dádiva que nos foi dada e que pode não se repetir, mas sabendo também que a fonte que nos proveu essa experiência nos ama e, dentro de seu cuidado, nos proverá novas experiências que nos levarão a crescer e sermos felizes. Por isso o salmo 37:4-5 diz:

"Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração.
Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá"

A gratidão é a chave que nos permite ver que até mesmo as pequenas coisas da vida são dádivas que nos foram oferecidas por Deus para o desfrute de uma vida de felicidade n'Ele. O pão de cada dia, o tempo com quem amamos e mesmo o desabrochar de uma flor ou a beleza de um por do sol no horizonte, se tornam fontes de alegria, sem a necessidade da busca de uma repetição de prazer destrutiva. De fato, nos textos de sapiência hebraica, como o Salmo 128 ou o texto de Eclesiastes, a descrição de uma vida feliz é muito simples se comparada ao nosso ideal atual da sociedade de hiper-consumo.

Voltando ao tema do sarau, uma das formas de ser grato ao que nos foi dado e feito, é celebrando esse presente. A vida é um dom que nos foi dado para ser aproveitada com intensidade, debaixo do relacionamento com o seu doador. Portanto, a vivamos, plena e intensamente. A vivamos nos relacionando profundamente com quem tem caminhado junto conosco, a vivamos sendo gratos por cada momento que temos, tanto os bons como os ruins, que moldam nosso caráter e nossa fé e, principalmente, a vivamos buscando a orientação daquele que nos ama e nos quer direcionar para uma vida plena.

"Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito." 

Indicação de biografia:

"Felicidade e Espiritualidade" - Cd de Palestras do L'abri Brasil


O evento

Como na primeira edição, o sarau ocorreu no salão de festas do meu prédio, sempre com um toque caseiro de informalidade e amizade. Tivemos apresentações variadas e diversificados de música, cinema, poesia, além da exposição de instrumentos antigos, quadros e gravuras em madeira na decoração. O evento começou aproximadamente às 15h30 e teve fim por volta de 19h, fornecendo uma tarde agradável de conversas, amizades e beleza.

Os participantes

http://www.alannmarino.com.br/
Alann Marino e banda - Compositor e intérprete extremamente competente. Alann é dono de uma bela voz, e de uma grande musicalidade e sensibilidade. Com um disco gravado, em outro em fase produção, Alann tocou músicas próprias, além de interpretar canções de Lenine e Gladir Cabral.






http://baixoevoz.blogspot.com.br/
Baixo e Voz - Com uma bagagem de mais de 20 anos de estrada, a dupla formada por Sérgio Pereira e Marivone Lobo se caracteriza pela utilização do contra-baixo elétrico para o acompanhamento rítmico e harmônico da melodia cantada. Com um trabalho quase único, composto por 5 CDs e 1 DVD, a dupla exibiu técnica e criatividade na execução de seu repertório.




http://ellyaguiarmusic.blogspot.com.br/
Elly Aguiar e banda - Violonista, guitarrista, compositor e cantor, Elly cantou algumas de suas músicas de seu primeiro álbum "Na Tua  Casa", cuja música tema, de mesmo nome, ficou consagrada na interpretação de Gerson Borges no disco "A Volta do Filho Pródigo".






http://www.midianmaria.com.br/
Midian Maria - A cantora Midian Maria, convidada especial da versão anterior, apresentou mais uma vez seu trabalho, dessa vez em uma versão reduzida da banda utilizando batidas eletrônicas e loops. Midian está no trabalho de divulgação do seu primeiro disco: "Não Há Nada".






http://www.4ufilms.com/site/
4U Films (Silas Bailão) - A produtora de de vídeos e cinema 4U Films, apesar de ser relativamente nova, tem desenvolvido um ótimo trabalho na produção de vídeos e curtas, além de cursos, palestras e workshops. No sarau, o integrante da produtora Silas Bailão, apresentou o curta "Dom Gratuito" e explicou sobre o grupo e seus trabalhos futuros.




https://www.facebook.com/DaCapoDuo


Duo Da Capo - Formanda pelas talentosas jovens Fabi e Vivi, o duo apresentou músicas de autores consagrados da música brasileira. Elas têm desenvolvido um bom trabalho via youtube e estão crescendo na área.





Youtube: marinhomarape
Marinho Oliveira - Violonista da cidade Santos, Marinho tem desenvolvido um  trabalho de educação musical, além de materiais didáticos e arranjos de hinos cristãos para o violão erudito. Ele tem sido um entusiasta da proposta do sarau e  grande apoiador desde a primeira edição do evento.










Youtube: mttsfarias
Matteus Farias de Souza - Estudante de violino, Matteus já tem se destacado como solista em orquestras e promete ser um grande violinista. Matteus está concluindo seus estudos na universidade Santa Marcelina.






Facebook: murilofelippeoficial
Murilo Felippe - Compositor e intérprete, Murilo goza de uma grande originalidade em suas canções. No sarau, Murilo deu uma palhinha de seu trabalho.








Exposição de Fotos:

As fotógrafas Natália Osis e Nina Mello expuseram trabalhos e fotos que demonstraram o grande talento e sensibilidade que essas duas fotógrafas tem. Natália e Nina vêem desenvolvendo uma parceria na fotografia de casamentos e nessa amostra pudermos ver o trabalho autoral de cada uma.

Natália Osis - http://www.naosisfotografia.com/






























Uma pequena amostra...












sexta-feira, 7 de junho de 2013

sábado, 20 de abril de 2013

Aprendendo a ensaiar

Retirado do blog Baixo e Voz. Autoria dos textos de Sérgio Pereira.

-Aprendendo a ensaiar





Baseado no material didático "Organização para equipes de louvor", de Sérgio Pereira.

Uma prática conhecida no meio das equipes de louvor são os intermináveis ensaios de algumas poucas músicas (e um mesmo arranjo) durante quase todas as semanas do ano. Precisamos dar sempre um passo adiante em nossos afazeres, principalmente nos dias de hoje, onde a pós-modernidade não nos deixa com tempo livre pra mais nada além do essencial. Por isso, é muito importante saber ensaiar.

Nessa linha de pensamento, o maestro W. Furtwängler diz: “é um equívoco a noção de que quanto mais se ensaia, melhor se toca, pois é preciso somente reduzir o imprevisto à sua justa medida, pois felizmente ainda existe o imprevisível”. Pierre Boulez comenta também o assunto: “Ensaios em demasia não são bons. O importante é saber trabalhar rápido para que o interesse dos músicos se mantenha durante todo o tempo”.*

Quando um grupo profissional ensaia um novo show, pode gastar até dois meses - por causa da agenda dos músicos - para concluir um repertório de 20-25 músicas aproximadamente. E depois, não ensaiam mais essas músicas em conjunto. Como conseguem isso? A resposta é: organização (escrevendo o arranjo e anotando detalhes) e disciplina (treinando antecipadamente o repertório). No meio profissional, se você for desorganizado e indisciplinado é uma pessoa desempregada! Mas, no meio cristão...

Um dos grandes problemas das equipes de louvor, é que em sua maioria são formadas por voluntários leigos e estes geralmente têm outras prioridades "mais importantes" do que música. Bom seria se apenas pessoas dedicadas integralmente ao ministério fizessem parte de uma equipe, pois de outra maneira, os atrasos, faltas, má vontade, ignorância musical (aquele músico que acha que o que sabe já é suficiente...) trarão sempre problemas para a equipe como um todo.

Nem sempre a equipe irá perceber suas deficiências, principalmente se todos forem voluntários sem experiência alguma, o que dificultará ainda mais a procura por educadores de música e outros profissionais para auxiliarem no processo de crescimento musical e compra de equipamentos necessários, o que é vital para um bom desempenho musical.[...]

*LAGO JÚNIOR, Sylvio. A arte da regência: história, técnica e maestros. Rio de Janeiro: Lacerda, 2002.(p. 295)

Continua na próxima semana...






Baseado na organização de ensaios de músicos profissionais e visando o tempo curto que a maioria dos integrantes da equipe disponibilizam, a falta de experiência e o fato da grande maioria dos músicos nas igrejas serem voluntários, eis uma tabela que poderá ajudar na condução de ensaios mais dinâmicos:
1. Escolha de repertório (cinco músicas novas por semana).
2. Tirar músicas de ouvido* ou escritas (a internet é uma ótima ferramenta de pesquisa para se conseguir cifras, mas sempre verifique se elas estão corretas junto com o original).
3. Estudos em casa - individuais (com CD e cifras/ partituras, sempre que possível). Como se vê, ensaios não servem para se aprender músicas. Isso deve ser feito em casa!
4. Ensaios separados – vocal e instrumental (1h30**).
5. Ensaio geral (2h00**) – neste ensaio, que visa também a apresentação no culto, associam-se as músicas novas com as já estudadas e escritas. Executá-las uma ou no máximo duas vezes deveria ser o suficiente se as músicas já foram ensaiadas – e estudadas em casa – anteriormente; mas a decisão de repetir mais vezes deve ficar à cargo do arranjador ou líder. Segundo o maestro Charles Munch (1891-1968), “O regente não deve deixar passar nada, nem uma entrada imprecisa, nem um erro e uma negligência, devendo parar e fazer recomeçar as passagens com erros, tantas vezes quanto o necessário, mesmo que os músicos manifestem desagrado”* (leia “regente” como “líder musical da equipe” ou arranjador).
* Se as músicas forem arranjadas por alguém do grupo, este deve trazer o mesmo escrito para que todos estejam a par das alterações.
**O tempo dos ensaios depende dos músicos terem chegado pelo menos 15 min. antes, para afinação, ligações de caixas/ efeitos e regulagens, com a passagem de som feita. Isso é válido também para os cantores, para que façam um aquecimento vocal.
Em relação à quantidade de músicas, um total de 120 músicas é um bom número para se trabalhar tranqüilamente durante o ano. Depois, é só ir acrescentando as músicas novas ao repertório já ensaiado.
No ensaio geral, Deve-se observar o volume que está sendo praticado – em relação ao local e público -, deixando sempre o vocal ou instrumento solista em primeiro plano.
Por fim: Trabalhar dessa maneira é o mínimo que se espera de uma boa equipe musical que trabalha junto à sua igreja local.

Na próxima semana estarei escrevendo sobre liderança musical e a importância da igreja local investir em uma pessoa de tempo integral para tal trabalho.

*LAGO JÚNIOR, Sylvio. A arte da regência: história, técnica e maestros. Rio de Janeiro: Lacerda, 2002.(p. 293).

quinta-feira, 18 de abril de 2013

"Curso de Adoração" - Bibliografia

Esse ano vou procurar escrever os textos do blog de forma estruturada em tópicos, como se fosse um "curso on-line" sobre adoração. O objetivo é formar um "guia de estudo", abordando os diversos temas que se relacionam com  louvor e adoração na igreja, e fornecer materiais para quem quiser se aprofundar.

Para começar, gostaria de passar a bibliografia que vou utilizar para pesquisar e desenvolver os textos. Pensando na realidade moderna das "equipes (musicais) de louvor e adoração", procurei agrupar materiais que abordam os diversos aspectos que se relacionam com esta área, como teologia, cosmovisão, história da música, teoria musical etc.

Existe um extenso material sobre louvor, adoração, música e arte cristã. Muitos livros já foram publicados, uma infinidade artigos e posts em blogs, vídeos, apostilas etc. No entanto, o excesso de material causa alguns problemas. Primeiramente, nem tudo o que está disponível tem boa qualidade... em relação a esses temas existem "achismos", opniões pessoais, e até mesmo "egos inflados" por trás do que está sendo dito, e por vezes o princípio aplicado não está fundamentado na bíblia. Além disso, mesmo em autores sérios, existem os filtros de sua visão teológica das escrituras.

O que quero dizer com isso é que, lendo diversos materiais, surgirão pontos de conflito entre os pensamentos dos autores. Não seja arrogante em achar que a sua opinião é "a" correta, e que os que pensam diferentes estão errados e devem ser descartados. Sobre qualquer tema que surgir conflitos desse tipo, pare e reflita sobre os argumentos, analise os porquês de cada afirmação, e separe o que é bom e o que é ruim. Aprenda com a diferença!

Nem todos os materiais que estou colocando aqui eu tive a oportunidade de ler (por enquanto), e nem todos eu concordo plenamente, mas com certeza fornecerão boas reflexões e um grande aprendizado para você. Eles servirão de base para o que escreverei, e recomendo que você sempre se mantenha lendo e estudando esse material.

PS.: Esse post sofrerá novas atualizações de conteúdo.

Bibliografia

1. Livros

Louvor, Adoração e Artes na Igreja:

- "Adoração Bíblica" - Shedd, Russell P. - Editora Vida Nova
- "Vida e Música" - org. Pellissier, Thatiane - Editora Descoberta
- "Músico: Profissão ou Ministério" - Siveira, João Alexandre e Garruti, Luciano - VPC Produções
- "O Livro do Som do Céu" - org. Veiga, Carlos e Szuecs, Rick - Editora Palavra
- "Adoração e Integridade" - Suguihara, Massao - Editora W4
- "Adoração e Avivamento" - Campos, Adhemar - Editora W4
- "Adoração, um estilo de vida" - Campos, Adhemar - Editora Fôlego
- "O Poder da Música a serviço da Adoração" - Campos, Adhemar - Editora Fôlego
- "O que a igreja deve cantar?" - Campos, Adhemar - Editora Fôlego
- "A excelência da adoração" - Bezerra, Ronaldo - Editora Folego
- "Louvor, Adoração e Liturgia" - Amorese, Rubem Martins - Editora Ultimato
- "Mergulhando na Adoração" - Marinoni, Renato
- "O Coração do Artista: Construindo o Caráter do Artista Cristão" - Noland, Rory - Editora W4
- "A Vida do Artista: Esperança na Relação Entre o Artista e a Igreja" - Noland, Rory - Editora W4
- "O Artista Adorador: Uma exposição da Mente e do Coração do Artista" - Noland, Rory - Editora Vida
- "O que fazemos com estes músicos?" - Witt, Marcos - Editora W4
- "O músico segundo o coração de Deus" - Tessmann, Ramon - Editora Folego
- "O Adorador Insaciável" - Redman, Matt - Editora W4
- "Criatividade e Espiritualidade" - Camargo, Jorge - Editora W4
- "A Arte e a Bíblia" - Schaeffer, Francis A. - Editora Ultimato
- "A Arte Não Precisa de Justificativas" - Rookmaker, Hans R. - Editora Ultimato
- "Arte e Mente Cristã" - Rookmaker, Hans R. - Editora Ultimato
- "Viciados em Mediocridade: Cristianismo Contemporâneo e as Artes" - Schaeffer, Frank - Editora W4
- "Cristianismo Criativo: Vida Inteligente Entre os Artistas Cristãos" - Turner, Steve - Editora W4
- "Cristo e a Criatividade" - Card, Michael - Editora Ultimato
- "Cristo e Cultura" - Niebuhr, Richard
- "Adoração ou Show?" - Críticas e defesas de seis estilos de culto" - Basden, Paul - Editora Vida
- "Em Espírito e Em Verdade: Cultivando o Coração de Louvor e Adoração" - Park, Andy - Editora Vida
- "Nova Adoração" - Liesch, Barry - Editora Eclésia
- "Revolução na Música Gospel: Um avivamento Musical em Nossos Dias" - Liesch, Barry - Editora Eclésia
- "Protestantismo Tupiniquim: Hipóteses sobre a (não) contribuição evangélica para cultura brasileira" - Alencar, Gedeon - Arte Editorial
- "Teologia e MPB" - Calvani, Carlos Eduardo B. - Edições Loyola
- "Lutero e a Música: Paradigmas Paradigmas de Louvor" - Schalk, Carl -Editora Sinodal

História:
- "O livro de Ouro da História da Música" - Carpeaux, Otto Maria - Editora Ediouro
- "O Canto Gregoriano" - Alves, João B. F. - Edições Loyola

Música:
- "Harmonia e Improvisação I" - Chediak, Almir - Lumiar Editora
- "Harmonia e Improvisação II" - Chediak, Almir - Lumiar Editora
- "Harmonia: Fundamentos de Arranjo e Improvisação"  - Siqueira, Paulo José - Editora Fapesp
- "Arranjo" - Almada, Carlos - Editora Unicamp
"Bona" - ,  - Editora
"Exercícios de Teoria Musical: Uma abordagem prática" - Lima, Marisa R. R. e Figueiredo, Sérgio Luiz F. - Editora Embraform
"Pozzoli: Guia teórico-prático para o ensino do ditado musical" - G. Verdi - Editora Ricordi
Série: "Cadernos de Música da Unversidade de Cambridge" - Bennet, Roy
     - "Aprendendo a Compor"
     - "Uma Breve História da Música"
     - "Como Ler Uma Partitura"
     - "Elementos Básicos da Música"
     - "Forma e Estrutura na Música"
     - "Instrumentos da Orquestra"

Outros:
- "Dança – o que estamos dançando?" - Gualberto, Carolina Lage - Editora United Press
- "Ética e Direitos na Música" - Liasch, Jonatas - Monaco, Marcos - Editora W4
- "Educação Musical à Distância: Abordagem e Experiências" - Gohn, Daniel M. - Editora Cortez
"Música, Ídolos e Poder" - Midani, André (link)
"Os Donos da Voz: Indústria Fonográfica Brasileira e Mundialização" - Dias, Márcia T. - Editora Boitempo
"Música LTDA: O Negócio da Música Para Empreendedores" - Salazar, Leonardo - SEBRAE/PE
"Música, Cérebro e Extase" - Jourdain, Robert - Editora Subjetiva
"Manual de Bolso da Produção Musical" - Zasnicoff, Dennis


2. Apostilas

 - "Organização Para Equipes de Louvor" - Pereira, Sérgio
- "Música, do Nascimento à Eternidade" - Pereira, Sérgio
- "Profissionalização Musical" - Pereira, Sérgio
- "Técnica Vocal Para Iniciantes" - Lobo, Marivone
- "Teologia da Adoração: Adorando como Deus quer ser adorado." - Silva, Átila
- "Teologia Aplicada: Cantando a doutrina bíblica" - Silva, Átila


3. Artigos e Monografias

- "Contracultura no Protestantismo: o álbum De vento em popa (1977)" - Gladir da Silva Cabral, Sérgio Paulo de Andrade Pereira (link)
- "O Louvor e Adoração Através da Dança" - Edson Leonel Rocha, Maria Aparecida Teles Rocha (link)
- "A música protestante brasileira em tempos de repressão política" - Francisco Thiago de ALMEIDA (link)
- "Adoração à Brasileira" - Matteo Ricciardi (link)
- "Louvor e Adoração: Música Popular Cristã no Culto" - Helge Stadelmann (link)

4. Vídeos, Documentários e Registros Multimídia

- DVD "Dinâmicas de Equipes de Louvor" - Vineyard Music
- Documentário "Ministérios Fracassados" - Yago Martins (link)

5. Estudos

- Estudo bíblico sobre louvor a adoração (Vencedores por Cristo) - (link)
- Adoração e Louvor (Igreja Batista Batista Getsemani de Luziânia) - (link)
 - Estudos Gospel: Louvor e Adoração - (link)

6. Sites

- Cristianismo Criativo - http://www.cristianismocriativo.com.br/
- Vencedores Por Cristo - http://www.vpc.com.br/website/
- Vineyard Music Recursos - http://www.vineyardrecursos.com.br
- Instituto Ser Adorador - http://www.seradorador.com.br/
- Instituto Adoração e Adoradores - http://www.institutoaea.com/
- Adorando - http://www.adorando.com.br/
- Apoio Ministerial - http://www.apoioministerial.com/
- Revista Cristianismo Hoje - http://www.cristianismohoje.com.br/
- Áudio nas Igrejas - http://www.audionasigrejas.org/
- Música LTDA - http://www.musicaltda.com.br/
- Programa Plataforma - http://plataforma.art.br/
- Koinonia On-Line - http://www.koinoniaonline.net/ (especialmente o canal "Meia Hora com João Alexandre")

7. Blogs e Vlogs

Blogs
- Cante as Escrituras - http://canteasescrituras.com/
- Voltemos ao Evangelho - http://voltemosaoevangelho.com/blog/
- Nelson Bomilcar - http://www.nelsonbomilcar.com.br/blogmilcar/
- Asaph Borba - http://www.asaphborba.com.br/category/blog/
- Baixo e Voz - http://baixoevoz.blogspot.com.br/
- Contra Mãos - http://atilaealice.blogspot.com.br/
- MPB Santo - http://mpbsanto.blogspot.com.br/

Vlogs
- Vlog do Yago - http://www.youtube.com/user/vlogdoyago
- Beto Tavares Treinamentos - http://www.youtube.com/user/betotreinamento
- Autorretrato da Música Cristã Brasileira - http://www.youtube.com/user/AutorretratoMus
- Paulo Anhaia TV - http://www.youtube.com/user/pauloanhaia
- Programa Plataforma - https://www.youtube.com/user/progplataforma
- Papo e Arte - http://igrejasp.com/ (selecionar "Papo & Arte" no menu de canais)

8. Cursos On-Line

- Liderando Louvor na Vineyard - (link)
- Berklee College of Music - (link)
- Academia do Produtor Musical - (link)

9. Eventos e Sarais*

- Nossa Música Brasileira - http://nossamusicabrasileira.blogspot.com.br/
- Sarau Balaio de Notas - http://www.balaiodenotas.com/
- Projeto Redenção - http://www.igps.org.br/

* Muitos desses eventos estão documentados em áudio, dvds e vídeos no youtube, e possuem um bom material para pesquisa, tanto musical, quanto de palestras.






domingo, 17 de fevereiro de 2013

Perspectivas para 2013

Como tudo no Brasil só começa depois do carnaval, deixei o blog de férias, e vou retomar o trabalho a partir desse mês. Para esse ano, vou seguir com uma série de posts relacionados a louvor e adoração, porém pretendo fazer isso de forma estruturada, seguindo um roteiro de assuntos agrupados em "módulos", de forma que no final do projeto, fique uma espécie de curso on-line sobre louvor e adoração, junto com referência a materias de apoio e bibliografia recomendada.

O roteiro de temas ainda não está totalmente fechado, mas já estruturei boa parte dos temas que serão desenvolvidos. Espero que esses posts o ajudem em sua igreja local.

Segue o que já estruturei:


Introdução
- Adoração, um ato de relacionamento com Deus

Adoração Bíblica
- Adoração no Velho Testamento
- Adoração no Novo Testamento
- Adoração Congregacional - Formas de adoração
- Aspectos da Adoração
    * Teocentrismo
    * Fundamento na palavra
    * Em espírito e em Verdade.
    * Excelência
    * Beleza (Beleza=Bondade=Verdade)
    * Contextualização
    * Comunhão
    * Ensino
- Problemas da adoração moderna

Teologia Aplicada
- Introdução à teologia sistemática
- Declaração de Fé da igreja local
- Análise de letras de músicas de adoração (cantando de acordo com a teologia de sua igreja local)
- Formando e organizando a "pasta de música" (construindo seu "hinário" de acordo com seu contexto local)

História
- A arte na Bíblia
    * Artes Visuais
    * Dança
    * Teatro
    * Música
    * Instrumentos musicais na bíblia
- Música na igreja
    * Igreja primitiva (salmodia e cantochão)
    * Igreja Medieval (Canto gregoriano, Ars Antíqua, Ars Nova)
    * Música na Reforma Protestante
    * Breve história da formação dos hinos e hinários
    * Breve história da música cristão brasileira
    * Os cenários da música cristã atual (erros e acertos que continuamos repetindo)

Liturgia
- Diferentes tipos de liturgia
- Construindo um programa (unidade de pensamento)
- Montagem de repertório para o culto

O Adorador
- Caráter e Valores
- Santidade
- Disciplinas
- Serviço
- Discipulado
- Aprendizado Constante

Adoração e Missões
- A Música como ferramenta evangelística
- Contextualização Cultural

Equipe
- Objetivo (para que serve a "equipe de louvor")
- Integrando a equipe
- Formando novos membros da equipe
- Organização (Tarefas, funções e processos)
- Trabalhando o crescimento dos membros
- Liderando artistas

Música
- Crítica e Apreciação Musical
- Compondo para a igreja local
- Arranjos e produção musical
- Ensaios
- Comunicação músico-vocal-técnico de som (estabelecendo uma linguagem de comunicação)

Assuntos Gerais
- Ética e Direitos Autorais
- Profissionalismo vs Voluntariado
- Pagamentos, Ofertas e Cachês
- A igreja como centro cultural
- Ensino de artes na igreja
- Musicalização Infantil (semeando para as novas gerações)
- Áudio Básico
- Adoração e Ação Social

Em paralelo a isso, continuarei com os posts que já vinha fazendo, como a séries "Eu Recomendo", "Conteúdo Além da Forma" e o "Teoria Musical".

 Espero que o conteúdo desse blog o ajude em sua igreja local, e espero que o ano de 2013 seja um ano produtivo, de crescimento e aprendizado para todos nós.

Deus abençoe,

Renan Alencar de Carvalho